terça-feira, 27 de novembro de 2012

Business



Se você fosse dono de uma grande fábrica de tinturas para cabelos, quem você escolheria para estrelar os comercias do seu produto? Aquela sua vizinha gostosona que todo ano leva a faixa de Garota mais bonita do bairro ou uma cantora/apresentadora super famosa que já vendeu milhões de discos e que tem milhões de fãs espalhados pelo Brasil inteiro?
Se ponha agora no lugar do diretor de uma rica emissora de televisão e me responda: quem você contrataria para alavancar a audiência de um dos seus principais programas dominicais? O Seu Zé do Queijo, aquele simpático senhor que passa todo dia pela sua rua em direção ao Mercado Municipal ou jogador de futebol, eleito três vezes o melhor do planeta, o maior artilheiro em Mundiais de Futebol e que atrai olhares e comentários não só do Brasil como também do mundo?
Fiz tais indagações porque não aguento mais essa lenga lenga sem fim no facebook de gente que acha que o fim do mundo está próximo (como se não bastassse os Maias) só porque emissoras de tevê gastam rios de dinheiro com programas como o Big Brother Brasil, por exemplo, ao invés de matar a fome das crianças africanas, nordestinas e haitianas.
Meus caros, sinto muito em lhes informar, mas emissoras de televisão não são entidades filantrópicas, são empresas (oooooooooooohhh!!).
Sendo assim, tanto a Globo, a Ford ou padaria do seu Manoel, como toda empresa em qualquer parte do mundo, visam somente uma coisa: LUCRO.
Quando a Koleston paga um milhão a Xuxa para que ela pinte o seu cabelo de azul, não está simplesmente dando dinheiro à pessoa física Maria das Graças Meneghel, tipo: “toma, querida, vai lá e pinta seu cabelo que vai ficar bonitinho”. Não é tão simples como parece.
Esta empresa está, sim, associando seu produto, seja xampu, condicionador ou dentadura (já imaginaram a Xuxa daqui a quarenta anos?), à uma imagem que, sendo de quem é, com certeza, vai atrair mais a atenção do consumidor do que a Rainha da Laje do teu bairro, por exemplo. Trata-se de um investimento que, com certeza, tem retorno.
E se a Globo paga milhões ao Ronaldo afim de que ela perca peso em um programa de rede nacional é porque ela sabe que, na hora de ficar zapeando com o controle remoto na mão, o seu cliente final (ou seja, o telespectador), certamente vai parar pra ver que o que Fofômeno anda fazendo para emagrecer.
Já o tão apedrejado Big Brother Brasil, coitadinho, é patrocinado por empresas como o Guaraná Antártica, Red Bull, Fiat e outra mais, com cotas que totalizam algo em torno de 100 milhões (assim fica mole pagar 1 milhão ao vencedor, né?).
E porque essas empresas investem tanto nesse patrocínio? Primeiro porque podem. Segundo porque (queiramos nós ou não) trata-se de um programa visto nacionalmente e que, durante três longos meses, vai entrar nas nossas casas diariamente e os anúncios dos produtos estarão lá, entre edredons, barracos, baladas, músculos e bundas à mostra, pra todo mundo ver. Todo mundo mesmo, afinal são milhões de fieis telespectadores.
Ou seja, outro grande investimento em publicidade com retorno garantido.
Tanto a Xuxa quanto o Ronaldo ou baixarias do BBB, cada qual ao seu modo, geram audiência, prendem a sua atenção.
E isso é tudo que um produto precisa para ser bem sucedido no mercado: atenção, interesse e, obviamente, consumo.
Esse é o milionário mercado publicitário. Ou então marketing, business, enfim, esse monte de nome fresco que no fundo quer dizer uma só coisa: negócios.
Agora, se você quer continuar insistindo com o Seu Zé do Queijo ou então com a Garota da Laje do seu bairro, o problema é todo seu, vá em frente e boa sorte.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Então...


Ah, a internet e seus revoltadinhos de plantão. Estão fazendo beicinho agora por causa da rapidez com a qual a polícia desvendou os hackers que colocaram as fotos da Carolina Dieckmann na internet.


Para eles tal atitude é vergonhosa, afinal como sabemos existem muitos mais problemas importantes para se preocupar tais como educação, saúde, combate a corrupção, enfim nossas mazelas de sempre, nossos problemas maiores que elegemos como prioridades maiores e o resto...ah, o resto que se dane.

É sempre assim. Multaram o pedestre que não atravessa na faixa corretamente? Que absurdo!  Deveriam é se preocupar em prender o Carlinhos Cachoeira!

Tomaram toda a muamba daquela pobre velhinha na fronteira do Paraguai? Quanta falta de sensibilidade! A minha rua há tempos anda com o esgoto a céu aberto e ninguém faz nada!

Eu até entendo tamanha revolta.  É chato mesmo não ver a mesma velocidade de apuração em outros casos, de maior gravidade e que envolvam a população como um todo (é óbvio que para a grande maioria das pessoas o aumento da fila do SUS é mais importante do que as fotos que foram parar na internet de uma artista loira sentada num vaso sanitário fazendo biquinho)

O que não pode acontecer é achar que qualquer coisa (mesmo que também fora-da-lei, ilícita, desonesta etc) é menos digno de apuração que nossos problemas maiores, digamos assim.(lembram daquela historinha da Bíblia que fala de pecado, pecadinho e pecadão? Dá tudo no mesmo.)

Quer protestar ? Vá direto ao ponto. E dê graças a Deus pelo (pouco) que é feito.

Esse nosso velho argumento de que “com tanta coisa mais grave pra se preocupar etc etc”  tá furado. É, no máximo, engraçadinho e só. Coisa de quem também quer “se dar bem”, afinal se os grandes não são punidos...

Achar absurdo a resolução do caso de uma pessoa que teve suas fotos íntimas expostas na internet é burrice. E se fosse sua irmã, sua namorada? Sua mãe comemorando bodas de prata com seu pai numa banheira de motel?

Você não ia nem ligar, não é mesmo? Com tanta coisa mais importante pra se preocupar...


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

BALAIO ON LINE


VEJA COMO CONSEGUIR O "BALAIO DE GATO" VIA INTERNET.

 

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UM ABRAÇO

domingo, 26 de setembro de 2010

EXTRA! EXTRA!


Gosto de ler jornais. Não posso ver um que vou logo vou folheando em busca de algo interessante, principalmente os assuntos de política e esporte.

Tá, vou admitir, leio também aquela parte das fofocas sobre celebridades e televisão. Futilidade também diverte, fazer o que!

Mas, em se tratando dos jornais locais, eu gosto especialmente das páginas policiais, ironicamente, as mais engraçadas. Além, claro, daquelas revistas que são uma espécie de prima pobre da Caras, com suas pseudo-socialites se exibindo em casamentos, batizados, exposições agropecuárias etc

Mas o que me diverte mesmo são os recorrentes erros de português cometidos por alguns “jornalistas”. Exceções à parte, vez ou outra não é raro encontrar quem escorregue na gramática, ignore crases, vírgulas, concordâncias verbais, enfim, é um terror. Sem falar de algumas informações que chegam ser hilárias de tão óbvias, por exemplo:

“POLÍCIA DESCOBRE QUE TRAFICANTE PRESO NESSA QUINTA-FEIRA TAMBÉM ERA USUÁRIO DE COCAINA” - Caramba! E eu jurava que traficante era tudo, fã de Beethoven, colecionador de selos, agora, usuário de cocaina??!!!!!

“A VÍTIMA ESTÁ ENTERNADA EM ESTADO GRAVE DEPOIS DE LEVAR CINCO TIROS” – Ou seja, revólver além de gatilho, agora também tem tecla enter.

Outro vício engraçado de nosso imprensa é o uso de termos técnicos para transmitir certar informações. Dizer que O ELEMENTO ENTROU EM ÓBITO APÓS SER ATINGIDO POR OJETO PÉRFURO CORTANTE fica adequado a um laudo pericial. Para o seu Zé e pra Dona Maria que lêem o jornal, o que importa é saber que A VÍTIMA MORREU DEPOIS DE LEVAR UMA FACADA, isso sim!!

E teve ainda o cara que foi BALEADO ENQUANTO FAZIA O CONCERTO DO CELULAR. – Faltou dizer se o celular tocava violino, piano, trombone...

E o que dizer de “A VÍTIMA É O SR. JUVENAL PEREIRA DOS SANTOS, MAIS CONHECIDO COMO JUVENAL”(!!!!!!!) – E eu achando que pessoas de nome Juvenal deveriam ser chamadas de Zeca, Tõe, Chico...

Sem falar dos textos e colunas que costumam vir, ou sem o nome do autor (quem escreveu?) ou quando identificado não diz o que é o autor (advogado, jornalista, motorista de taxi etc)

Enfim, essas e muitas outras pérolas estão aí todas as semanas nas bancas de revista da cidade.

O que nos resta é torcer para que o curso de Jornalismo que temos em nossa cidade consiga dar uma sacudida em nossos futuros Bettings, Conys e Boechats.

Vai ficar menos divertido? Vai. Mas, pelo menos, o pobre do Machado de Assis vai poder descansar em paz.


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mudernidades



A cada dia que passa eu fico mais impressionado com a forma com que a tecnologia muda a vida da gente. Tudo fica mais fácil, mais prático. O nosso dia a dia, nosso relacionamento com as pessoas. Por exemplo, antigamente se um homem quizesse arranjar uma companhia, alguém que te ouvisse, que te entendesse, teria de que ir até uma praça, um barzinho, achar a mulher, cantá-la, pagar uma cerveja, jogar aquele xaveco, pra depois quem sabe levá-la a um motel.

Hoje não. Tudo é mais rápido. O cara entra na internet, compra uma boneca inflável, divide em seis parcelas no cartão e pronto. Tá resolvido.

Mas esse negócio de tecnologia realmente é uma coisa incrível. Quer outro exemplo? A compra de um remédio. Antes era um saco, uma coisa complicada e estressante, mais ou menos assim. O sujeito chegava na farmácia e ia logo dizendo pro balconista:

- Amigo, me vê aí um Doril. Eu tô com uma dor de cabeça daquelas.

O cara ia lá, pegava o comprimido, dava ao comprador que perguntava.

- Quanto foi?

O balconista dizia:

-Dois reais

O cara tirava o dinheiro do bolso pagava, pegava o troco e ia pra casa.

Ou seja, uma experiência terrível!

Hoje em dia, não. Graças a tecnologia, tudo é muito mais dinâmico e rápido.

O sujeito chegava na farmácia:

- Amigo, me vê aí um Doril. Eu tô com uma dor de cabeça daquelas!

O balconista diz, procurando o preço na tela do computador:

- Um momentinho, deixa eu ver, doralgina, dorflex, dorival, doril...pronto. doril. Dois reais. Mas, a gente também tem um genérico que fica pela metade do preço. Um momentinho, deixa eu ver... diclofenato de paracetopotasiol....pronto. Vai pagar com cartão, cheque ou dinheiro?

- Cartão.

Daí o cara pega uma cesta que cabe um peru da Sadia, pôe uma cartelinha de Doril dentro, dá um cartãozinho e manda a gente pra fila do caixa. A gente vai pra fila. A moça do caixa pede a identidade da gente pra conferir. Passa o cartão uma vez.

- Só um minutinho porque o sistema tá lento hoje.

Volta a passar o cartão. Retira o recibozinho amarelo, dá uma via pra gente assinar. A gente assina, a moça lembra que a compra dá direito a um cupom da promoção "Dia dos Pais". A gente preenche o cupom, mesmo morrendo de saber que nunca seremos sorteados em p...de sorteio nenhum, depositamos na urna, recebemos a sacolinha com o remédio e, ufa!, saimos pela rua com uma estranha vontade de esganar o Bill Gates e o Steve Jobs.